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Mostrando postagens de 2012

Esperando a primavera

Para ver a primavera chegando aos poucos Eu vou fechando os olhos e sigo imaginando Cantos tristes, tardes tristes, tudo mudando Rajas de sol vermelho no céu amarelo E eu pé de chinelo sigo caminhando Procurando, procurando... E a primavera chegando Para ver a primavera chegando aos poucos Eu fecho as portas, acendo a lareira e sigo sonhando Ipês amarelos, sorrisos singelos e passos errantes E o frio que não passa E a chuva na praça E eu, caminhante Pra ver a primavera chegando aos poucos Pra florescer meu coração errante André Ramos (23.09.2010) PS1: Lembro que este escrevi a partir de algo que Humberto Gessinger falou sobre a primavera chegando. PS2: Ao ler esse poema hoje mudei uma palavra no seu final e decidi postá-lo. Só agora faltando apenas um clique no botão "publicar" vejo que escrevi exatamente há dois anos, no mesmo dia 23 de setembro. Mapas do acaso!

Eterna a cada momento

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Das flores e estrelas que trocamos Apenas começamos A contar o que não tem fim Dos dias de nossos dias Do prelúdio em que estamos Dos dias que passamos E o início que está por vir Contamos o nosso tempo És eterna em cada momento Minha canção tocada em Mi André Ramos PS1: Feliz aniversário meu amor! PS2: (aos leitores) A canção tocada em Mi, depois mostro aqui no blog.

Lamento

No auto-exílio que criei de meu amor Vejo passar o mundo que sonhei Vejo passar os beijos que não dei E sinto tanto a cada outro que não ganhei No ostracismo que criei e me prendi Vejo passar os amores que perdi Deixo passar os amores que vivi Pois somente a um me dediquei Ao mesmo que não me dei Pois clandestino deste mundo Que sonhei, que destrui Clandestino em mim Você vive e sobrevive Vive o que não tem fim André Ramos (10.09.2012)

O próximo passo

O que te move? O próximo passo ou que vem depois? Onde se quer chegar ou aonde se chega depois? O próximo passo é certo, então porque não? Quando o andar é incerto, então... Então? André Ramos (09.09.2012)

Nepalqueando

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Todo mundo mudou um pouco! Não era pra mudar? Se não era, ninguém me avisou. Pra falar a verdade, de início nem percebi, só depois comecei a perceber sem querer. E sem querer admitir também percebia que o silêncio aumentava em mim, afinal eu também estava nessa. E aonde estão os desaparecidos? Tanto tempo também faz que não vemos aquelas pessoas, ou ao menos não vemos nelas aquelas que víamos alguns anos antes... É como está escrito, "só a mudança é permanente", acho que tudo isso nós sabíamos desde o início que seria inevitável. Todo mundo mudou um pouco, é verdade, mas ainda há algo presente no sol que nos indica o caminho de Foz a Fortaleza,  ainda o mesmo que vimos cair tantas tardes. E quantas vezes o vimos cair mais? As músicas do cair do sol ainda são as mesmas? Afinal, ainda há uma sensação sem explicação que, não sei vocês, mas me toma de assalto a palo seco, também quando jogo pedra na Geni, evoco as armas de Jorge ao som do berimbau ou do canto de Ossanha. 

O primeiro olhar

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Em 2010, comprei um par de óculos pois fui o percussor dos óculos dobráveis, ou seja, os que eu usava até então, partiram ao meio (entre as lentes). Não usava óculos com muita regularidade, usava uns escuros para dirigir e depois guardava, passava o dia sem. Dessa forma quando usei pela primeira vez os óculos novos, tive uma sensação impressionante, realmente naquele momento eu estava com uma nova visão. O desleixo com o par antigo me fez acostumar a ver meio floo, quando pus o novo par eis que tudo estava ali de novo. É estranho falar isso, mas eu gostei de olhar. Olhar pras coisas, vê-las mais nitidamente, ler, olhar de novo. É mais comum você gostar de coisas táteis, gostar do cheiro, gostar de ouvir (uma música por exemplo), eu sinceramente antes de ter essa sensação nunca tinha visto ou ouvido alguém falar que gostava de olhar. E não é ver, de enxergar, é olhar mesmo. Tom Jobim "viu" a garota de Ipanema, essa ação involuntária deve ter durado uns dois, três segundo

Caminhos de Silêncio

A tantos mundos já quis pertencer Porém hoje, não mais E olhando pra trás Vejo que nada me pertence E não me pertenço a nada Aos jardins que outrora caminhei Aos amores que ainda ontem cultivei Já não há mais sentido Pelo que vi por conta própria me desviei Então esquece, pois hei de seguir Errante assim, calado assim Assim hei André Ramos 30/08/10

A cigarra, a formiga, o goleiro e a luva

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Em uma das postagens em que tratei sobre a canção Pos-Scriptum e fiz o convite para mostrar mais trabalhos de quem quisesse se mostrar eu usei a expressão "trabalho de formiguinha". A formiga é conhecida, até por conta de sua fábula com a dona cigarra, por trabalhar e trabalhar em equipe, várias formigas, minúsculas criaturas, fazendo um trabalho minúsculo que ao final revela uma obra grandiosa. O que de grandioso pode haver no trabalho de uma formiga, você pode perguntar. Ora elas estão até hoje ai, não? Tendo que construir seus formigueiros em ambientes cada vez mais urbanos, disputando com cimento e outras modernidades. E se você, provável leitor estiver permanecendo incrédulo, posso não ter como lhe provar o sucesso de uma formiga, mas tenho como lhe provar o quanto nós, os incríveis seres humanos, somos incapazes de realizar o trabalho de um inseto tão minúsculo, apesar de toda tecnologia que temos a nosso favor. Na teoria tudo parece simples, ações planejada

Guardas da Fronteira

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4 anos é um tempo considerável! O menino já está andando e falando alguma coisa. Uma vida curta, mas ainda assim uma vida. Próximo dia 11 de agosto, sábado, a Guardas da Fronteira completa 4 anos de existência, uma pequena vida dentro da vida de algumas pessoas. Dentro desse tempo houve tempo pra muita coisa, amizades, histórias de bastidores, noivado, casamento, viagens, vida que se vai, vida nova chegando, briga, reconciliação, muitas coisas mesmo. A banda surgiu com o jurássico Orkut, Luis Felipe (o Guassussas) fez o convite na comunidade enghaw Ce para quem quisesse se chegar e formar uma banda cover de Engenheiros. Walter Rebouças, cara que eu já conhecia da UFC, nós dois fazíamos História, aceitou primeiro o convite, o próprio conseguiu, em uma comunidade de bateristas, recrutar Tiago Campos, e assim estava formada a primeira formação da Guardas. Eu acompanhei o processo na comunidade, mas decidi ficar de fora. Na época, rolavam uns encontros enghaw na praça verde do Dragão

Déjà-vu nunca visto

Já faz algum tempo que tenho dedicado instantes a mais de reflexão sobre déjà-vu nos momentos ociosos que vez por outra aparecem. Essa sensação de estar em algum lugar ou situação tem algumas explicações, nunca procurei algo mais concreto sobre isso, mas já me falaram algo sobre. Segundo a Wikipédia "Essa sensação se dá por conta que uma memória ou uma simples lembrança de algo que aconteceu rapidamente, fique armazenada em sua memória de longo prazo, sem passar pela memória imediata, ou seja, você guardou uma lembrança de algo, que você 'não presenciou', ao presenciar novamente você tem a estranha sensação de já ter vivenciado aquele fato". Chega a dar um nó nas idéias quando a gente lê. Quem fala sobre temas semelhantes é Carlos Maltz, músico, psicólogo, astrólogo (fundador dos EngHaw). Em seu livro, o Abilolado Mundo Novo, uma das várias discussões que são levantadas é a da coisificação do ser humano. Por exemplo, racionalizar demais (isso seria bom ou ruim?)

O outro lado da moeda

Estava descendo no elevador enquanto anoitecia. Horas se passaram como segundos naquela tarde e, apesar de ter sido uma tarde maravilhosa, enquanto reparava os números decrescendo com os andares no painel uma nostalgia sem fim me tomou por inteira, coisa que não sentia desde a infância. A diferença é que na infância nostalgias eram sem razão, não tinham nome e sobrenome como agora. Saindo do elevador sem coragem de sair pra rua, voltar pra casa, voltar a vida normal, sentei no sofá do saguão e liguei pra você. A espera que alguém atendesse me fez o coração acelerar e me trouxe lágrimas aos olhos, daquelas que sempre estão acompanhadas de um nó na garganta. Quando finalmente você atendeu só perguntei se podia me ajudar a chegar em casa, marquei em um lugar próximo aonde estava pra não dar bandeira e fui te esperar. Na saída passando em frente a um espelho vi que minha aparência estava horrível, roupa amassada, cabelo assanhado, pensei então que quando você me visse, depois de já ter o

A melhor lembrança de nós dois

Devo assumir que já esperava, mesmo após o final inesperado, que você me ligaria quando estivesse em alguma dificuldade. Confesso também que estava por perto pois nunca estive longe, estava sempre observando, a postos, esperando o momento certo no qual ceder não era questão de escolha, era a única opção. Me vi em meio a um dos tantos filmes de relacionamentos neuróticos que assistimos, não esperava um dia estar na mesma situação. Apesar de pouco tempo, tivemos tempo suficiente para um grande estrago. Um segundo ao telefone foi mais do que o necessário pra que tudo virasse nada. Agora, mais uma vez ao telefone, tenho a chance de ouvir novamente certas palavras que por mais suplicantes que fossem, para mim só diziam "não te esqueci". Quem dera, o que ouvi no entanto foi um lamentado "me ajuda". Não quis saber de que tipo de desventuras tive que salvá-la, apenas cheguei o mais rápido que pude no local solicitado. Com os filmes que vimos lembrei que nestas ocasiõe

O que pode ser dito em 3 minutos (para Humberto Gessinger)

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Todos aqui presentes devem ter uma pessoa com a qual desejam estar próxima pelo menos pra bater um papo, trocar umas idéias, tirar uma foto ou receber um autógrafo, todos devem ter um ídolo (ou todos devem ser fãs de alguém, para quem achar a palavra ídolo muito forte). Algumas das pessoas que frequentam o blog tem em comum comigo o fato de admirarem o trabalho (e/ou a pessoa) de Humberto Gessinger. E é sobre esta relação de fã que venho mais uma vez divagar nas linhas (e entrelinhas) deste singelo blog. Acho que, como eu, várias pessoas gostariam de estar com o Humberto por alguns instantes, tirar uma foto, poder conversar, ser lembrado por ele, "evoluir" de um "de fé" para um "de casa", resumindo ser/estar mais próximo dele. Acho também que, como eu, a maioria dessas várias pessoas deve ter tido no poucos instantes pra falar com HG e tentar transmitir (sem despejar) um turbilhão de coisas que se sente quando se encontra com ele, principalmente se f

Nunca é tarde para a poesia!

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Postagem "mea culpa"! Quando estava dando uma olhada no material pra postar domingo passado, esqueci de olhar no inbox do facebook o link que a de fé Bruna Nogueira havia me enviado com suas poesias. Realmente senti falta de algo enquanto escrevia a ultima postagem, mas somente ontem consegui "lembrar do que esqueci"! Ao menos algo bom no esqecimento, um bom título para uma postagem que deveria ser apenas uma correção, um complemento do que não saiu na anterior, me fez pensar e encontrar "um sentido escondido". Realmente nunca é tarde para a poesia, a qualquer momento ela é bem vinda à vida, não importa o quanto esta possa estar deteriorada, um pouco de poesia a revive. Nunca é tarde para dar uma olhada então nos escritos da Bruna Nogueira, bastar clicar aqui! PS: Aproveitando a postagem, deixo para vocês o vídeo da canção "Felicidade" do cantor Marcelo Jeneci, recém descoberto por mim por intermédio de minha noiva. P

Vem cá, eu te conheço?

Essa semana foi uma semana de observação, sempre falei aqui que tinha curiosidade pra saber quem movia os contadores do blog. Hoje já posso dizer que conheço alguns dos responsáveis, escrever semanalmente faz com que algumas pessoas e principalmente alguns amigos apareçam sempre para trocarmos algumas idéias, jogar conversa fora e pensar na vida... A semana foi de observação pois domingo passado algumas pessoas jogaram outro jogo comigo dando a cara a tapa, mostrando trabalhos em fases "vídeo do Bin Laden" como o meu (como diria Humberto Gessinger), fases demo, estúdio, ao vivo, etc. Independente do que ou como, alguns escribas mostraram que querem sim pena pra escrever, que tem seu recado pra dar. Ao longo da semana observei algumas coisas interessantes, como nunca anoto idéias pra postagens vamos ver se consigo lembrar de todas. Na euforia pós-postagem falei com alguns amigos pelo facebook, alguns acessaram com ânimo, outros meio indiferentes, outros até falaram algo

"Post" Scriptum

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É interessante como quando tu ta falando alguma coisa, como por exemplo o "jogar outro jogo" da postagem do ultimo domingo. Desde a postagem rolou muita conversa nesse sentido, inclusive minutos antes de eu me achegar por aqui estava rolando no facebook com um amigo de Caixias do Sul - RS muito bom sobre jogos e "jogos", se é que vocês me entendem. Hoje não tenho muito a lhes dizer, não escrevendo pelo menos. Último domingo rolou um convite que aguns amigos de fé aceitaram e hoje aqui estamos pra mostrar o jogo que somos capazes de jogar, aquilo que fazermos por que gostamos e acreditamos que podemos contribuir um pouco com a humanidade com isso, nem que seja a sua própria. Sem grana envolvida, só a vontade de ser visto, de ver alguem curtindo, levando fé naquilo que você faz, escribas procurando pena pra escrever, etc. É mais ou menos esse o espírito. Pode parecer meio piegas mas vou fazer um convite a todos que me mandaram material e a todos que acessa