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Mostrando postagens de 2013

O tempo de uma música

Em 2007 comecei a compor em ritmo de produção industrial com o amigo Augusto Ridson. A parceria começou com a letra de "Casa dos Espelhos" e desde esta música algumas frases, trechos de letras que o Ridson me mandava que eu mesmo não compreendia, ou buscava algum significado mais claro. Não que fosse algo nonsense, mas nem sempre tudo o que se escreve precisa de explicação mesmo. Nessas horas eu pensava com o guru Gessinger, não precisamos saber pra onde vamos, viver nem sempre faz sentido, etc... então que mal faz uma frase que à primeira vista não tem um sentido claro, mas que traga uma boa rima?! Uma dessas canções chama-se "Revista em Quadrinhos", composta em janeiro de 2007, ou seja, uma das primeiras que compomos, pra ser mais exato, a segunda. Na época certas coisas que cantávamos faziam mais sentido pra nossas mentes juvenis e revolucionárias e não medíamos esforços para criticar coisas e defender pontos de vista. Na época certas coisas que constam na

Em um universo paralelo próximo a você...

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... Francisco João Bruno Alexandre, típico cidadão da high society Fortalezense, daqueles de berço mesmo que trazem consigo o nome da família a gerações e gerações, estava a caminho da empresa em que era subgerente-diretor-presidente ou qualquer outra coisa ou função que estivesse abaixo de seu pai. No caminho parou seu humilde fusca (New Beetle, claro) em um cruzamento da cidade famoso pelas abordagens aos motoristas. Logo começou a pensar e destilar comentários ácidos em sua solidão ar-condicionada. Sua indignação é por um lado compreensível, afinal de contas motoristas de qualquer classe social dirigem por toda a cidade e por toda a cidade dirigem com medo! A violência urbana está um caso sério. Aos poucos, dentre os minutos que demoram meia hora para passar sem o semáforo esverdear, sua revolta começa a dar lugar a um pensamento um pouco mais nobre e Francisco João Bruno Alexandre começa a refletir sobre as desigualdades sociais que (o permitem estar aonde está) tornam pos

Mundo globalizado

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Tenho a curiosidade de sempre estar conferindo as estatísticas de acesso, origem e perfil do público do blog e da página do  Tocando em Frente . Aqui no blog sempre me chamou a atenção o fato de acessos internacionais, desde o início do blog, passaram por aqui internautas dos seguintes países além do Brasil: Estados Unidos, Alemanha, Rússia, Ucrânia, França, Israel, Hungria, Chile e Portugal. E não é coisa de uma visitinha perdida na vida, da Alemanha, por exemplo, tenho 96 acessos e dos EUA, 466. Já demonstrei aqui em outras postagens o quanto tenho curiosidade pra saber quem são as pessoas que movem os contadores, em se tratando então destes visitantes estrangeiros que (aparentemente) sempre retornam, a curiosidade dobra. Coisas de um mundo globalizado... Revendo as estatísticas essa semana, me ocorreu um pensamento. Domingo passado consegui depois de mais de dez anos ter de volta o CD Tchau Radar, dos Engenheiros, completando novamente minha coleção. Resumindo rapidamente como

Contramão

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Com 25 anos "nos côro" tenho reparado que estou meio na contra-mão do ritmo de vida que a vida (moderna) impõe. Cheguei a esta conclusão (?) observando alguns amigos. Não que eles estejam errados e não que eu esteja errado, mas tem coisas que realmente paramos pra comparar. Exemplo... Desde 1999, quando reunia uns primos nas tardes de sábado e ficávamos "brincando de Engenheiros do Hawaii" em casa ao som do Alívio Imediato ou do 10.000 Destinos que pensei em deixar o cabelo crescer pra imitar o Humberto. Decepção à vista, meu cabelo era enrolado e não ficaria nem de perto parecido com o do HG. Hoje, enquanto alguns dos meus amigos cabeludos estão cortando os cabelos, estou caminhando para completar um ano sem cortar, assumindo os cachos que Deus me deu e já estranhando fotos com o cabelo curto. Dizem que quando se casa engorda, no meu caso estou emagrecendo. Mas o que mais me faz pensar é a vontade de fazer algo com minhas músicas. Banda autoral

Tocando em Frente

Finalmente sai da vontade e da promessa e postei o primeiro vídeo para a página  TOCANDO EM FRENTE . Para quem não souber do que se trata, esta é uma página que criei no Facebook para reunir amigos e simpatizantes da música que faço justamente para divulgá-las. Desde 2005 que componho, tive uma banda durante a faculdade, a WAR, já falei dela por  aqui , e foi no curto período de existência desta banda o único momento que me dediquei a fazer algo com minhas músicas. Foi um dos momentos mais criativos em termos de composição também. Com a Guardas da Fronteira parada, e depois de um ano e meio fazendo uma pós-graduação que me roubava o tempo que eu poderia estar dedicando a música, senti a necessidade de pegar aquelas dezenas de canções e dar a elas algum espaço e oportunidade maiores do que elas teriam em folhas de um caderno fechado, amarelando suas páginas. Tocando em Frente foi somente uma desculpa, um meio, um primeiro passo pra começar a divulgar. No que vai dar, não sei, mas

Novos Tempos

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Quem diria que a cobra mordeu a própria cauda. Em março de 2007 eu assinava a quarta parceria Ridson/André, a canção "Novos Tempos". E hoje sinto falta viver certas coisas que escrevíamos e cantávamos na época, não que me arrependa das decisões que tomei nesses seis anos (poxa, lá se vão seis anos!), pois não me arrependo. É apenas o admirar-se natural de quem olha pra uma foto antiga ou para antigas canções. Canções da época que métrica ou até mesmo o sentido de certas palavras não faziam tanta importância, importante era a latência constante de ideias e a vontade de transformá-las em música e a vontade de que essa música transformasse o mundo. Desde que voltei a escrever periodicamente por aqui que senti vontade de vasculhar os arquivos secretos da WAR e escrever algo sobre ela. A vontade se manteve e aumentou, tanto que o outro assunto que eu já tinha escolhido pra postagem deste domingo ficou pra depois. O quê? Ah, hoje não é domingo né? Pois é, comecei a revirar os

O coração do artista na ponta do lápis

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Ir ou vir? Entrar ou sair? Ser lido ou não? Cantar só ou em coro? Essa semana estava revendo uns vídeos do Tangos e Tragédias no You Tube e entre um vídeo relacionado e outro me deparei com uma canção do Nico Nicolaiewsky chamada "Onde está o amor". Na capa do Cd, uma parede amarela com esta pergunta, um coração com um ponto de interrogação dentro e o Nico caminhando. No momento a pergunta me pareceu um tanto romântica demais e me remeteu a artistas que cantam o amor, que buscam o amor, sofrem por amor ou por serem românticos e que, principalmente, amam o que fazer e o fazem em nome deste amor. E talvez por fazer arte por amor, viva em busca do mesmo amor vindo de outras pessoas. Não precisa nem usar essa palavra tão forte, amor. Basta um gostar ou, em tempos de Facebook, um curtir aquilo que se canta, se pinta, fotografia ou escreve. Pegando o exemplo de quem escreve, rabisca ou rascunha sua arte, tal pessoa muito provavelmente se utiliza de um lápis, a

5 anos, quem diria?

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uma das primeiras imagens que representou a GF Quem diria que em meados de 1999 nada pra fazer em um sábado de manhã me levasse a visitar uma prima a um quarteirão de distância de minha casa?  Quem diria que logo neste dia ela estava com um cd qualquer chamado "Tchau Radar" e um outro, uma coletânea chamada acervo da banda Engenheiros do Hawaii, emprestados de um amigo?  Quem diria que ela me falaria daquela banda e me emprestaria por este dia aquela coletânea para ouvir? E quem diria que "Somos quem podemos ser" cairia como luva e me tornaria irremediavelmente um seguidor de fé de Humberto Gues.. Humberto Tchessinge... Humberto GuessÍnguer...? É, eu não sabia na época nem dizer o nome dele direito, hoje tão fácil e sonoro: Humberto Gessinger! Quem diria tantas outras coisas que aconteceram por conta desse cara e suas músicas? Quem diria que após tentar vestibular para administração, ciências da computação, telemática e serviço social

Que venha em paz...

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O título original desta postagem era "pega fogo cabaré", mas ainda bem que, como já mencionei outra vez por aqui, entre a ideia original e o digitar a postagem, existe um certo tempo que sempre modifica a coisa toda. Nesta ocasião, até editar o layout do blog (gostaram?) e escrever a postagem deu tempo de ouvir repetidas e inúmeras vezes a canção "Em Paz", hino de ano novo de todo engenheiro hawaiiano que se preze, dai então deu tempo de acalmar o coração e criar um título que, mesmo perigando o clichê, seja mais um convite a confraternização entre os amigos que passarem por aqui (afinal hoje é dia da confraternização universal). E o motivo do primeiro título ser tão sensacionalista?! Este singelo blog tem uma ligação direta com ano novo, foi criado em um, depois de um tempo sem postar foi um tema natalino que me fez retomar a escrita. Agora, depois de postar semanalmente, oscilar e parar de vez (a última postagem data do dia 23 de setembro)  retomo mais