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AS COISAS QUE A GENTE BUSCA NO MUNDO

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Finalmente, depois de quase um ano de trabalho, lanço meu primeiro disco: AS COISAS QUE A GENTE BUSCA NO MUNDO. Infelizmente esse disco chega ao mundo em um momento tenso, crítico, de luto, mas também de luta, após as eleições presidenciais. Apesar de tudo, é preciso assimilar que: Encontrar a beleza de um mundo que se mostra por vezes tão sombrio é, também, resistir. Cantar é, também, resistir. Fazer arte é, também, resistir. Enxergar a poesia na dor é, também, resistir. Acreditar... Ter esperança... Erguer a cabeça... Não soltar a mão do outro... Todas essas atitudes e outras tantas também são resistência. Sendo resistência a tudo em minha vida que me afasta da música gravei, sozinho, esse disco. Pude contar com a colaboração de amigos como Daniel Melo ,  Rubens Rodrigues e  Gabriely Oliveira que me prestaram seu talento na fotografia. Pude contar também com a parceria de  Alan Mendonça que me recebeu em sua casa e cuidou do disco físico (que em breve estará dis

O DIA EM QUE ELE FEZ TUDO DIFERENTE!

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Registro do amigo Tiago Campos de um dia que também fiz algo diferente, decidi sair de minha zona de conforto e retornei aos palcos Somente quando abri a página do blogger pra escrever foi que me dei conta de que hoje é primeiro de abril... quando comecei a digitar pensei que talvez pudesse haver alguma relação pitoresca, enfim... fica, em tempos que tudo se pode editar e corrigir ou melhorar a versão, o registro de um pensamento que não vingou. Agora, ao que interessa. TODO DIA ELE FAZ TUDO SEMPRE IGUAL foi o nome desse blog desde 2010! Parando para reparar que já se passaram oito anos desde que decidi criar um espaço pra divagar publicamente até bateu uma saudade desse nome já que mudei o endereço do blog... Agora assumi aqui no blog também a identidade ANDRÉ TOCANDO EM FRENTE, que já batiza o  canal do YouTube ,  página do Facebook e  perfil do Instagram (a propósito, podem assinar, curtir e seguir, respectivamente). Motivos para a mudança abaixo. Parafraseando e cont

#4HappyMonths

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Estar diante de 40 crianças/adolescentes (principalmente no último caso) pela primeira vez não é algo fácil! Ver que 40 pares de olhos estão de bituca em você sem saber o que passa pela cabeça daquelas enigmáticas criaturas é uma sensação de assustar. Por diversas vezes já estive nessa situação. Já houveram casos em que olhares de fuzilamento me fuzilaram o ano todo, já houveram casos em que olhares de "você chegou no lugar do meu professor querido" se tornaram olhares de lágrimas soluçadas quando eu fui embora. Ir embora, outro fenômeno a ser estudado na relação professor/aluno. Na normalidade se tem a certeza de que por um ano você vai ter aquela pessoa toda semana ali. Se gostar dela, toda semana um encontro bom, se não for com a cara, toda semana uma encheção de saco. De toda forma cria-se uma rotina e se tem algo que as vezes é difícil se ter na rotina de um professor é o reconhecimento de seu trabalho. Normal até, já que por vezes estamos ensinando algo que pa

O tempo de uma música

Em 2007 comecei a compor em ritmo de produção industrial com o amigo Augusto Ridson. A parceria começou com a letra de "Casa dos Espelhos" e desde esta música algumas frases, trechos de letras que o Ridson me mandava que eu mesmo não compreendia, ou buscava algum significado mais claro. Não que fosse algo nonsense, mas nem sempre tudo o que se escreve precisa de explicação mesmo. Nessas horas eu pensava com o guru Gessinger, não precisamos saber pra onde vamos, viver nem sempre faz sentido, etc... então que mal faz uma frase que à primeira vista não tem um sentido claro, mas que traga uma boa rima?! Uma dessas canções chama-se "Revista em Quadrinhos", composta em janeiro de 2007, ou seja, uma das primeiras que compomos, pra ser mais exato, a segunda. Na época certas coisas que cantávamos faziam mais sentido pra nossas mentes juvenis e revolucionárias e não medíamos esforços para criticar coisas e defender pontos de vista. Na época certas coisas que constam na

Em um universo paralelo próximo a você...

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... Francisco João Bruno Alexandre, típico cidadão da high society Fortalezense, daqueles de berço mesmo que trazem consigo o nome da família a gerações e gerações, estava a caminho da empresa em que era subgerente-diretor-presidente ou qualquer outra coisa ou função que estivesse abaixo de seu pai. No caminho parou seu humilde fusca (New Beetle, claro) em um cruzamento da cidade famoso pelas abordagens aos motoristas. Logo começou a pensar e destilar comentários ácidos em sua solidão ar-condicionada. Sua indignação é por um lado compreensível, afinal de contas motoristas de qualquer classe social dirigem por toda a cidade e por toda a cidade dirigem com medo! A violência urbana está um caso sério. Aos poucos, dentre os minutos que demoram meia hora para passar sem o semáforo esverdear, sua revolta começa a dar lugar a um pensamento um pouco mais nobre e Francisco João Bruno Alexandre começa a refletir sobre as desigualdades sociais que (o permitem estar aonde está) tornam pos